Nome vulgar: Lampreia
Nome
científico:
Petromyzon marinus
Família: Petromyzontidae
Ordem: Petromyzontiformes
Espécie parasitária e anádroma, tem
dois períodos de vida distintos, um no mar e outro nas águas doces.
Em Portugal, se as condições ambientais o permitirem, a
migração das lampreias tem geralmente início a partir de Dezembro-Janeiro.
Encontra-se em muitos rios portugueses, nomeadamente no
Guadiana, Tejo, Mondego, Douro, Cávado, Lima e Minho.
Em Portugal estão referenciadas
mais duas espécies: a lampreia-de-rio (Lampetra
fluviatilis) e a lampreia-pequena (Lampetra
planeri), sendo esta última não parasitária e sedentária.
Corpo anguiliforme, de pele nua,
sem barbatanas pares. As barbatanas dorsais são triangulares, estando a segunda
praticamente na continuidade da barbatana caudal. A região caudal termina
anterior e ventralmente numa fenda, a cloaca. Possui 7 fendas branquiais de
cada lado, localizadas posteriormente aos olhos. Boca em forma de funil, com
vários conjuntos de placas odontóides agudas.
Habita a zona média e alta dos rios de pouca profundidade e
corrente fraca, com fundos pedregosos e de gravilha, fundamentais para a
construção dos ninhos.
Durante a fase de vida que ocorre em águas marinhas e que pode ter uma duração até 4 anos, tem um comportamento parasítico, alimentando-se do sangue de outras espécies piscícolas marinhas. Durante a fase de vida larvar alimenta-se de microalgas, microvertebrados e detritos.
Desovam somente em água doce a uma grande distância dos
estuários. As lampreias quando atingem a fase adulta agrupam-se nos estuários e
quando as condições ambientais são favoráveis (Dezembro a Janeiro) iniciam a
sua migração para montante, na procura de locais de desova. Geralmente os
primeiros a atingirem estes locais são os machos, que iniciam a construção do
ninho, atraindo depois a fêmea que ajuda a acabá-lo.
O macho, durante esta fase, tem comportamento territorial,
demarcando e defendendo a área de desova.
Depois de desovarem, os progenitores morrem.
Os ovos fertilizados são transportados pela corrente para
jusante dos ninhos e alojam-se nos interstícios das partículas mais finas do
substrato.
As larvas – amocetes – vivem em águas continentais durante
um período de 5 a 8 anos e a sua deslocação para jusante faz-se de forma geralmente
passiva.
Defeso: 15 de Junho a 15 de Janeiro.
Comprimento mínimo de captura: 35 cm.
Petromyzon marinus
Lampetra fluviatilis
Lampetra planeri