Nome vulgar: BARBO
Nome científico: Barbus sp.
Família: Cyprinidae
Ordem: Cypriniformes
O Barbo
é uma espécie autóctone da Península Ibérica, sendo um dos principais peixes em
Portugal e um dos mais excitantes para a pesca desportiva. Esta espécie apresenta
variações no nosso país, dando origem às designações de Barbo do Norte, com o
nome científico Barbus bocagei, a
norte do rio Tejo e rio Tejo inclusive, o Barbo Steindachneri que habita nas bacias hidrográficas a sul do Tejo,
principalmente no Guadiana, e ainda, mas em reduzido número, os de nome Barbo
de Cabeça Pequena (Barbus microcephalus),
o Barbo do Sul (Barbus sclateri), e o
Barbo comizo (Barbus comiza) nas restantes regiões situadas
no sul de Portugal, sendo que o último também está presente no Tejo.
É um peixe muito
combativo na sua defesa e com grande aptidão para percorrer as maiores
profundidades dos rios e lagos. Apresenta tipicamente um corpo alongado tipo
cilíndrico e musculado, com o ventre mais largo, tem o focinho pontiagudo e a
boca com lábios grossos onde possui os tão característicos dois pares de
barbilhos bem desenvolvidos que servem de órgãos de gosto e tacto. O último
raio simples da barbatana dorsal é ossificado e denticulado, o qual é utilizado
para tentar libertar-se do fio de pesca que o prende. Tem um dorso de cor
acastanhada e olivácea e com os flancos e ventre mais claros.
É essencialmente um peixe de fundo e de águas
bem oxigenadas, vivendo em grupos nos sectores médios dos rios e ribeiras de
correntes moderadas e de águas não demasiado frias, e também em algumas
albufeiras. Utiliza preferencialmente as pedras e vegetação junto às margens
para se refugiar.
Esta espécie tem uma medida que varia entre os
20 e os 80 cm, podendo ir até aos 10 kg de peso.
O Barbo define-se como
uma espécie omnívora e também detritívora, alimentando-se de restos de plantas,
moluscos, crustáceos, insectos e os detritos que se vão depositando nos fundos.
Pequenos peixes também podem entrar na sua alimentação.
Na época da reprodução, de finais de Abril a
Junho/Julho, os machos exibem umas pontuações brancas à volta do focinho
designados de tubérculos nupciais. Realiza a desova no final da Primavera ou já
durante o Verão, com uma capacidade de cerca de 8.000 ovos em média, em zonas
de fundos pedregosos e arenosos e de águas pouco profundas mas ricas em
oxigénio.
Barbus bocagei
Barbus comiza
Barbus microcephalus
Barbus sclateri
Barbus steindachneri